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Sylvio Puga, o reitor que uniu a esquerda governista à extrema direita bolsonarista e venceu a narrativa de que ele era pró-privatização

  • Foto do escritor: Inforfati UFAM
    Inforfati UFAM
  • 13 de abr.
  • 3 min de leitura

Na selfie tirada em 2017 por Tanara Lauschner (candidata em 2025, assessora especial de Márcia Perales e ex-pró-reitora da Protec na gestão atual), aparecem a ex-líder do PCdoB Selma Baçal, que foi pró-reitora de Márcia Perales e de Sylvio Puga, o atual reitor Sylvio Puga, o ex-vice reitor Jacob Cohen, militantes de partidos como o Democratas, PSL, PSDB, dentre outros.


Antes de se tornar reitor da Ufam por dois mandatos consecutivos, Sylvio Puga enfrentou uma narrativa que decide eleições há décadas.


Sylvio, que foi pró-retor na gestão de Hidembergue Frota, decidiu se lançar candidato em 2009, mas ele teve que enfrentar a candidatura de Márcia Perales, que também foi pró-reitora de Hidembergue.


Márcia Perales tinha apoio de setores e partidos de esquerda, entre eles aqueles que estavam no governo petista, como o PCdoB e o próprio PT.


Logo, a campanha de Márcia Perales apostou na narrativa de que Sylvio Puga era o candidato da direita e que defendia pautas como a privatização da educação e o fim da autonomia universitária.


Essa narrativa contribuiu com duas derrotas de Puga para Márcia Perales. No entanto, o cenário mudou com a gestão da ex-reitora. Ela teve que enfrentar muitas manifestações estudantis e sindicais, tendo encarado as duas maiores greves da História.


Tudo isso gerou um enfraquecimento da sua popularidade, dando efeito ao discurso de mudança na gestão.


Puga, que vinha disputando duas eleições, era o favorito a assumir esse posto de mudança, mas ele ainda precisava se livrar dessa narrativa que o colocava contra a universidade pública e gratuita.


Foi então que ele decidiu chamar para compor a sua chapa, os partidos governistas que estavam na gestão de Márcia. O PCdoB, por exemplo, teve no primeiro mandato de Márcia, a ex-líder Selma Baçal no comando da ProPesP.


Puga chamou ela e lhe ofereceu o mesmo cargo, porém deu ao partido maior participação na gestão.


Foi assim e com apoio de alas majoritários do PT, que Puga venceu o candidato de Márcia Perales, Hedinaldo Narciso, que foi vice da ex-reitora.


Foi justamente graças a essa aliança que Puga conseguiu se livrar da narrativa de que ele era pró-privatização, afinal quem o acusava disso se aliou a ele em troca de cargos na gestão. E isso aconteceu mesmo ele tendo em sua base aliada militantes de partidos de extrema direita e da direita liberal, como o Democratas, o PSL e o PSDB. A selfie tirada no momento da inscrição da chapa ilustra muito bem isso.


Eleito, o mandato de Puga iniciou com uma grande contradição, pois ao mesmo tempo em que ele dizia que suas indicações eram técnicas, as suas pró-reitorias eram recheadas de indicações de movimentos e partidos políticos.


Durante o ciclo de Puga, o PCdoB teve pelo menos duas pró-reitorias, a Protec, que foi comandada por Tanara Lauschner (atual candidata a reitora) e a ProPesP, que foi comandada por Selma Baçal, até ao seu falecimento, tendo como sucessora, a Profª Adriana Malheiros (ex-candidata a reitora).


Com o crescimento do PCdoB na gestão, Selma Baçal era cotada para vir como candidata em 2025, mas com o seu falecimento em 26 de agosto de 2023, o grupo teve que mudar seus planos.


Agora, a estratégia eleitoral de acusar um candidato de ser a favor de privatização se volta justamente contra Marcão, adversário da chapa ligada ao mesmo partido que em 2017 e em 2021 esteve aliado aos partidos da extrema direita bolsonarista, em torno da chapa de Sylvio Puga. A narrativa contra Marcão se fortaleceu com a divulgação em redes sociais de uma foto do então pré-candidato com a proprietária da Fametro e da Faculdade Santa Teresa, Maria do Carmo. Sobre isso, Marcão afirma que foi uma visita institucional e nega qualquer articulação política com a mesma.


Neste sentido, não há como negar a ótima articulação de Puga em se livrar na narrativa que decide eleições há décadas. Sem essas alianças com os partidos da esquerda governista, ele ainda seria conhecido como o candidato que queria privatizar a Ufam.

 
 
 

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